Conheça esta história
História contada pela ACS
Denise Costa
Há
mais ou menos quatro anos atrás uma família recém chegada do nordeste tenta a
vida aqui em Paquetá, uma família composta de um casal de filhos, o menino de oito
e a menina de seis, pai e mãe.
O pai veio tentar trabalho como caseiro, porém como a vida não era fácil levou
em média seis meses para a esposa conseguir complementar a renda da família, o que pai
ganhava com o seu trabalho era pouco para dar uma vida satisfatória para a família. Durante este período eles
passaram por muitas dificuldades, porque ainda não existia como hoje estes tipo de programas sociais para ajudar famílias mais necessitadas. Em conseqüência da falta do básico, o menino começou a ter
dificuldades na escola, ambos os filhos do casal começaram a apresentar problemas.
A
ACS Denise Costa tentou com todo cuidado alcançar um vínculo maior para poder, desse modo, ajudar a família. Ela sabia que algo errado estava acontecendo por
que as crianças estavam muito brancas, magras, apáticas os olhos extremamente
fundo, além disso, foi detectado pela nutricionista que elas estavam abaixo do
peso normal. Com essas informações a ACS, com muito custo, indo com mais
freqüência na residência da família, observava que no horário do almoço não
tinha movimento de “hora do almoço” na casa, a mãe ficava constrangida e se
limitava a responder perguntas. Somente com o tempo e aos poucos, a mãe contou
o que realmente acontecia. O salário de caseiro do marido era o mínimo e não
supria as necessidades básicas da família, pois aqui na ilha o custo de vida é
alto em comparação a alguns lugares, e assim o pai com o pouco que ganhava só
pagava as contas da casa, e comprava de alimento somente, arroz, feijão,
farinha e fubá. A família vivia com essa alimentação até certo período do mês,
pois nem um mês duravam os mantimentos.
Sabendo
das necessidades da família e com intuito único de ajudar, a ACS Denise pensando nos
parceiros que já havia junto ao PACS (que era a nomenclatura antiga), conseguiu
no mercado da ilha, legumes, frutas (que não tinha boa aparência para venda);
com certos moradores locais recebia doação de leite, além da escola as crianças
foram matriculadas na creche pública para que, com isso a mãe tivesse mais
tempo para ajudar no complemento da renda da família trabalhando como diarista,
na creche as crianças tinham todas as refeições do dia, o pai para completar a
renda, além de trabalhar como caseiro começou a pescar e vender peixe. Fora
isso eles receberam ajuda com vestimenta, pois a família muito humilde não
tinha muito, brinquedos etc.
Com
isso a família as poucos se estruturou e conseguiu após receber essa ajuda,
manter seu próprio sustento. Isso também é saúde!
agente de saúde com mais de 8 anos de
experiência no trabalho de promoção de
saúde a população de Paquetá."